Marconi Perillo e Jayme Rincón (Foto: Reprodução)
Marconi Perillo e Jayme Rincón (Foto: Reprodução)

O vexame olímpico de Marconi e Rincón

Neriton DiasNotícias02, agosto, 2016

Jogo Limpo com Rodrigo Czepak

Marconi Perillo e Jayme Rincón (Foto: Reprodução)

Marconi Perillo e Jayme Rincón (Foto: Reprodução)

Quem pariu o novo Estádio Olímpico deveria embalá-lo, ou melhor, inaugurá-lo com protagonistas e repercussão que fizessem jus ao tempo de duração e ao investimento milionário. Mas não. O vexame agora é oficial: a obra que ficou conhecida como “buracão da Paranaíba”, criadouro do mosquito Aedes aegypti por alguns anos, será entregue oficialmente na próxima segunda-feira, 8, com uma pelada “histórica” entre artistas e jogadores aposentados.

Neymar e a seleção olímpica devem treinar no estádio antes do amistoso contra o Japão. | Foto: Guilherme Coelho

Estádio Olímpico (Foto: Guilherme Coelho)

CBF já não é tão parceira

Foi a única alternativa que restou para o governador Marconi Perillo e seu pupilo Jayme Rincón, presidente da Agetop e ex-futuro prefeito de Goiânia. A dimensão do vexame merece ser detalhada. O Plano A para inauguração era o amistoso Brasil x Japão, última partida antes da estreia nos Jogos Olímpicos, com Neymar e companhia. Assim foi repassado para uma imprensa muito bem paga para aplaudir e não investigar. Marconi apenas esqueceu que os tempos são outros. O seu parceiro Ricardo Teixeira não está mais no comando da Confederação Brasileira de Futebol.

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Da súplica à contrariedade

O veto da CBF jogou água no fogo governista, ignorando até mesmo as súplicas para um simples treinamento da seleção na véspera do amistoso. Era a desmoralização tucana em seu estágio mais latente. Marconi Perillo ficou tão contrariado – os termos são impublicáveis – que inventou uma agenda em Aruanã e não compareceu ao estádio Serra Dourada para bajular a cúpula da CBF, justamente o governador mais marqueteiro do país.

Quadrangular frustrado

Jayme Rincón preferiu não ficar atrás do chefe e confessou, durante a terceira “inspeção” à obra com profissionais da imprensa (veja vídeo), que o seu grande sonho era inaugurar o novo estádio, com capacidade para 13 mil pessoas, promovendo um quadrangular entre os quatro clubes da capital – Goiás, Vila Nova, Atlético e Goiânia. Nem isso foi possível. O futebol é profissional, há calendário e planejamento. Ninguém aceitou fazer graça para governo entregar obra desgastada por uma década de atraso e com sérios indícios de superfaturamento.

Barrigudos famosos como atração

Para quem não se lembra, a primeira licitação para o novo Estádio Olímpico foi realizada em abril de 2001. Com idas e vindas, 15 anos depois a previsão de gasto subiu de R$ 17 milhões para R$ 158 milhões, segundo release oficial da Agetop. Marconi e Rincón, como manda o figurino político, ainda irão falar maravilhas da obra durante a inauguração. Mas a imagem final irá valer por mil palavras: barrigudos famosos entrando em campo para quebrar o galho de um governo que já disfarçou melhor as suas pisadas na bola.

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