'Retrocesso', diz Lêda Borges sobre eleição de só 2 deputadas em Goiás

Neriton DiasPolítica04, novembro, 2018698 Views

Segundo a deputada reeleita Lêda Borges (PSDB), a pequena representatividade feminina na Assembleia Legislativa goiana marca “retrocesso” das mulheres na política.

Isso porque, além de Lêda, apenas Adriana Accorsi (PT) também terá mandato na Casa a partir de 2019.

Como ambas conquistaram a reeleição, nenhuma nova mulher conseguiu vaga para cadeiras da Alego.

Em 2014, quatro deputadas compuseram a bancada feminina no legislativo de Goiás.

Já em 2018, este número foi reduzido em 50% e a representatividade caiu para 4,8%.

Bancada feminina na 18º Legislatura da Assembleia Legislativa de Goiás. Na foto, da esquerda para direita, estão as deputadas Lêda Borges (PSDB), Isaura Lemos (PCdoB), Delegada Adriana Accorsi (PT) e Eliane Pinheiro (PSDB) | Foto: Ruber Couto

Bancada feminina na 18º Legislatura da Assembleia Legislativa de Goiás. Na foto, da esquerda para direita, estão as deputadas Lêda Borges (PSDB), Isaura Lemos (PCdoB), Delegada Adriana Accorsi (PT) e Eliane Pinheiro (PSDB) | Foto: Ruber Couto

Falta de incentivo e oportunidade

“Creio que seja uma questão cultural e todas as questões culturais enfrentadas por qualquer país demoram para ser alteradas. Se olharmos para o passado, a confiabilidade que se tinha nas mulheres profissionais era pouquíssima e isso não faz muito tempo”, disse em entrevista à rádio Sucesso FM.

Segundo ela, a falta de incentivo e oportunidade são as principais causas da diminuição do número de deputadas estaduais.

“As mulheres não são atraídas para essas atividades. Não fomos ensinadas”, afirmou.

A parlamentar disse também que para avançar neste sentido, propostas que objetivam aumentar a participação feminina na política devem ser colocadas em ação para gerar iguais oportunidades.

“Ninguém luta para ser melhor ou pior, nós lutamos pela igualdade, para o equilíbrio da sociedade e do parlamento”, declarou.

2019-2022

Lêda comentou ainda sobre a responsabilidade para o próximo mandato.

“O dever aumenta porque agora somos apenas duas para atuar em defesa de políticas públicas para as mulheres”, disse.

Para ela, a competência independe de gênero, mas ter mulheres para defender interesses femininos é essencial.

“O que nos difere é a forma de se olhar o mundo. Nós sabemos as necessidades porque passamos pelos mesmos problemas e podemos atuar no sentido de solucioná-los”, concluiu.

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