Polêmicas declarações de Amauri Ribeiro geram nova confusão na Alego

Alegações do deputado Amauri Ribeiro (PRP) de que há servidoras comissionadas que atuam para “servir” parlamentares na Assembleia Legislativa renderam nova confusão.

Na manhã desta segunda-feira, 11, servidoras da Casa travaram um bate-boca com um assessor do deputado.

As funcionárias estavam na copa da Assembleia quando confundiram o assessor com o próprio deputado.

A confusão ocorreu pelo fato de ambos usarem chapéus típicos de sertanejos, peça incomum no ambiente da Casa.

Interpelado pelas servidoras, o assessor, conhecido como Will, teria sido “intimidador”.

Uma das servidoras, que trabalha na Alego há mais de 40 anos e preferiu não se identificar, disse que ouviu do homem aquilo que considerou uma intimidação: “olha, eu trabalho com moradores de rua”.

“Ele falou para mim: ‘A senhora vai calar e lavar a boca para falar o nome do deputado'”, disse ela.

Will, por sua vez, afirma que tudo não se passou de uma “armação”.

“Olha, isso daí foi armação dessas mulheres. Eu apenas falei que a respeito de declarações elas precisam procurar o deputado”, disse.

O Folha Z apurou que, nos bastidores, o deputado e a servidora se reuniram durante a tarde, horas após a confusão, e decidiram dar o assunto por encerrado.

Deputado Amauri Ribeiro

Para o deputado Amauri Ribeiro, “só as [mulheres] que não trabalham” ficaram incomodadas com a declaração.

“Se a carapuça serviu também”, acrescentou.

Sobre o seu assessor, Amauri disse se tratar de “um homem de Deus”.

“Ele não fala alto com ninguém. Chegou para pegar o cafézinho e foi cercado por duas servidoras. Uma vinha filmando e a outra ofendendo”, afirmou.

Amauri causou mal-estar na Alego após afirmar, em entrevista ao “O Popular”, que a Assembleia tinha servidoras “à disposição de deputados”.

Veja a entrevista no vídeo abaixo, a partir dos 30 minutos:

https://www.facebook.com/opopular/videos/1001196690076318/

O presidente da Casa Lissauer Vieira (PSB) afirmou que o Conselho de Ética estará disponível para qualquer representação de servidores que se sintam ofendidos pela declaração.

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