O machismo em seu estado mais radical, estúpido e sanguinário

Neriton DiasOpiniãoRodrigo Czepak31, janeiro, 2020699 Views

Atenção: Ao copiar material produzido pelo Folha Z, favor citar os créditos ao site. Bom jornalismo dá trabalho!

O agressor não se intimida

A sensação é de uma descrença sem fim.

No mesmo noticiário fica explícito o abismo entre a legislação ideal e a frieza do homem que agride a mulher no Brasil.

Louváveis as iniciativas do Congresso Nacional em endurecer o alcance e as penas que envolvem a Lei Maria da Penha.

Mais um passo foi dado ao obrigar o agressor a arcar com as despesas médicas da vítima.

Os parlamentares comemoram, uma parcela da sociedade aplaude, mas isso pouco tem inibido a ação de quem não respeita o sexo oposto.

Lei Maria da Penha é apenas uma das ferramentas nessa tentativa de combate ao machismo em seu estado mais radical, estúpido e sanguinário | Foto: Marcos Santos/USP

Lei Maria da Penha é apenas uma das ferramentas nessa tentativa de combate ao machismo em seu estado mais radical, estúpido e sanguinário | Foto: Marcos Santos/USP

Espancamento

A imagem que viraliza é a do personal trainer de 33 anos desferindo murros e chutes contra a namorada em um condomínio de Goiânia.

O caso ocorreu em agosto, a mulher escapou graças à intervenção de um policial e o homem permanece preso por determinação judicial.

O personal já tinha passagem por ameaça e injúria, “periculosidade social” agravada pela sessão de espancamento que protagonizou.

Quantos “homens” destes, espalhados pelo país, sequer enxergam o endurecimento da Lei Maria da Penha e, por outro lado, ficam “fascinados” pela brutalidade e repercussão do caso de Goiânia?

Escrivão PC Aparecida feminicídio

Escrivão da PC de Aparecida evita feminicídio de personal trainer contra médica veterinária em Goiânia | Foto: Reprodução

Epidemia

Essa epidemia de violência contra a mulher ainda tem margem para crescimento no país, segundo especialistas, enquanto orientação e acompanhamento não começarem na transição infância-adolescência.

Realidades familiar e escolar dependem diretamente uma da outra para que o respeito entre os sexos prevaleça.

A Lei Maria da Penha é apenas uma das ferramentas nessa tentativa de combate ao machismo em seu estado mais radical, estúpido e sanguinário.

Um lembrete: leis não fazem milagres.

Policial de Aparecida foi quem salvou veterinária de espancamento na capital


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