Sexta-feira, dia internacional da cerveja, é dia de Zeca Pagodinho

Neriton DiasOpinião09, outubro, 2020698 Views

A deixa é imperdível: sexta-feira, dia internacional da cerveja, momento apropriado para falar sobre o carisma do cantor e compositor Jessé Gomes da Silva Filho.

O sessentão voltou a ocupar grande destaque na mídia – e nas paradas de sucesso – por causa do 24º álbum em sua carreira vitoriosa.

Sim, o personagem em questão é Zeca Pagodinho.

“Mais Feliz” resume o seu estado de espírito. Felicidade que não esconde frustrações.

Desabafo

O sambista perdeu qualidade de vida nos morros cariocas e a companhia de amigos e ídolos nos últimos anos. Entre eles, Beth Carvalho, Elton Medeiros e Almir Guineto.

Zeca Pagodinho, entretanto, mantém intactas a irreverência e a capacidade de brilhar na simplicidade. Essas características o transformam em ídolo de uma geração, mesmo ele não gostando do rótulo.

Em entrevista ao jornal carioca O Globo, ele vai fundo no desabafo: “Tá difícil, eu não consigo mais ir ao morro, frequentar um samba, ir à tendinha, tomar uma cerveja, é muita violência”.

Zeca Pagodinho lança seu 24º álbum | Foto: Reprodução

Zeca Pagodinho lança seu 24º álbum | Foto: Reprodução

Cidadão do mundo

Se tá difícil pro Zeca cumprir uma agenda tão modesta, imagine pro resto. Por isso a rotina se resume a jogar papo fora na gravadora e visitas frequentes ao shopping onde prova cervejas oferecidas pelos amigos lojistas.

Mesmo com as restrições impostas pela violência carioca, Pagodinho não se dá por vencido: “Quem tem que ficar em casa é geladeira, fogão e televisão. Eu vou pra rua, gosto de andar no mundo”.

Nessas andanças ele nos brinda com 14 faixas do álbum “Mais Feliz”.

A música “Na cara da sociedade”, composta pelos parceiros Claudemir e Sargento Meriti, é o resumo introspectivo do cantor.

Brincadeira

A faixa mais badalada foi a regravação de “O Sol nascerá” (Cartola/Elton Medeiros) em dueto com Teresa Cristina.

A abertura da novela “Bom Sucesso” referenda o jeito Zeca Pagodinho de ser e agir. “A sorrir, eu pretendo levar a vida. Pois chorando, eu vi a mocidade perdida…”

A maturidade espelha o novo comportamento de quem aprendeu a beber com moderação.

“Hoje sou de dormir cedo, diminuir o ritmo. Pelo que fiz na vida, era pra ter morrido há muito tempo. Antigamente eu ligava o foda-se e ia”, recorda.

Os milhões de fãs do sambista, entre os quais me incluo, torcem para que a grife Zeca Pagodinho dure mais 60 anos, no mínimo.

“Deixa a vida me levar?”, é apenas uma brincadeira, segundo ele.

“Vida sem limite cobra um preço muito alto”, argumenta o mais talentoso filósofo de botequim do país.

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