IPTU: alguns imóveis do Jardim América e Bueno podem ter aumento de 25%

Neriton DiasNotícias21, novembro, 2015697 Views

Em novela que se repete todo final de ano, executivo municipal tenta reforçar arrecadação através de aumento nos impostos, mas recebe resistência da Câmara

box iptu CMYKA prefeitura de Goiânia voltou a colocar na pauta da Câmara Municipal a atualização dos Impostos Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Territorial Urbano (ITU). Mas a proposta é polêmica e, mais uma vez, tem resistência dos vereadores.

A ideia é que imóveis com valor abaixo de R$ 200 mil sofram apenas o reajuste da inflação (estimada atualmente em 10%). Estas somariam mais de 81,2% das propriedades goianienses. Locais como Residencial Eldorado, Vale dos Sonhos II e Vila Santa Cruz se enquadrariam neste primeiro grupo, já que têm 100% das propriedades com valor máximo de R$ 200 mil.

Os imóveis acima de R$ 200 mil e valorização de até 20% serão reajustados de acordo com a inflação, somados 5% em relação ao IPTU. Aqueles com variação entre 20% e 40% terão o ajuste da inflação, mais 10% de acréscimo no imposto. Já para valorização superior a 40%, o ajuste será da inflação mais 15% no

Vítimas

Jardim América, Bueno e Nova Suíça estão entre as possíveis vítimas da atualização, que, caso aprovada pela Câmara, deve alcançar 25% de aumento. O valor irritou moradores. “Não aguentamos mais tantos impostos. Não vejo o retorno para a sociedade. O que vejo são inúmeros escândalos de corrupção”, afirmou Rhaikar Alves, morador do Jardim América.

A prefeitura justifica o ajuste citando os impactos da crise econômica nacional, que “só nos últimos três meses provocou perda de R$ 41 milhões na arrecadação da cidade”, e estima acréscimo de R$ 78 milhões na arrecadação com IPTU e ITU.

E até na base da prefeitura não há unanimidade quanto à proposta. O vice-prefeito Agenor Mariano (PMDB) chegou a dizer que aumento de impostos é “falta de sensibilidade do Executivo”. Alegação muito criticada pela oposição. Já o vereador da base Denício Trindade (PMDB) disse que pretende avaliar os números com muito cuidado. Segundo ele, o contribuinte já está sobrecarregado com IPVA, CPMF e tantos outros encargos, mas que a discussão quanto à melhoria na arrecadação e redução de despesas no município é extremamente necessária nesse

Resistência

Contrário à medida, Thiago Albernaz (PSDB) disse que o prefeito Paulo Garcia (PT) perdeu a oportunidade de fazer algo que agradasse à população goianiense. “A oposição é contra qualquer tipo de aumento acima do índice inflacionário. O que falta para a prefeitura é gestão, planejamento, e não dinheiro”, declarou.

Para vigorar em 2016, o projeto deve ser analisado pelos vereadores até 20 de dezembro. Se aprovado, segue para sanção ou veto do prefeito.

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