Goiânia: com déficit de R$ 349 milhões, prefeito Rogério deixa Câmara sem responder questionamentos

O prefeito de Goiânia Rogério Cruz compareceu à Comissão Mista da Câmara nesta 6ª feira (13) para apresentar sua última prestação de contas.

No entanto, deixou a sala antes da abertura para questionamentos dos vereadores presentes.

Durante a sessão, Rogério Cruz fez uma breve introdução sobre os dados orçamentários, sendo sucedido pelo secretário de Finanças, Cleyton Menezes, que detalhou os números.

Após a fala do secretário, o prefeito se retirou, alegando compromisso agendado com a equipe de transição do Ministério Público, conforme informado ao presidente da Comissão, vereador Cabo Senna (PRD).

A saída antecipada gerou questionamentos por parte dos vereadores, que pediram explicações sobre a ausência do prefeito.

O momento foi registrado durante a reunião.

Déficit orçamentário de R$ 349 milhões

Na apresentação feita pelo secretário Cleyton Menezes, foram detalhados os números financeiros do município.

A receita total ficou em R$ 5,9 bilhões, enquanto as despesas atingiram R$ 6,28 bilhões, resultando em um déficit de R$ 349 milhões.

Os dados também apontaram:

• Receitas realizadas: R$ 5,59 bilhões no 2º quadrimestre de 2024, um crescimento real de 10,49% em relação ao mesmo período de 2023.
• Receita tributária: R$ 2,38 bilhões, aumento de 11,93%.
  • ITBI: Crescimento de 14,26%, com arrecadação de R$ 220 milhões.
  • ISS: R$ 849 milhões arrecadados, aumento de 8,71%.
  • IPTU: R$ 868 milhões arrecadados, incremento de 5,99%.

O resultado primário, que mede a compatibilidade entre gastos e arrecadação, mostrou um saldo negativo de R$ 63,2 milhões, com receitas primárias de R$ 5,26 bilhões e despesas primárias de R$ 5,35 bilhões.

Dívida pública e investimentos

A dívida consolidada líquida teve um salto significativo nos últimos anos.

Em 2023, era de R$ 321 milhões, subindo para R$ 821 milhões até o 2º quadrimestre de 2024, reflexo das obras e investimentos realizados neste ano, segundo o secretário.

Saúde e Educação

• Saúde: Aplicação de 24,26% do orçamento, acima do mínimo constitucional de 15%.
• Educação: Aplicação de 22,83%, abaixo do mínimo constitucional de 25%. O secretário garantiu, porém, que o índice será atingido até o final do exercício financeiro.

A apresentação dos dados financeiros reforçou os desafios enfrentados pela administração, mas a saída do prefeito antes de responder aos vereadores foi o principal ponto de discussão da sessão.

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