Goiana é presa por engano ao ser acusada de sequestro, na Espanha

A jovem Maísa da Rocha, 23 anos, originária de Itapuranga, Goiás, relata ter sido erroneamente detida por quatro dias em Oviedo, Espanha.

Mesmo apresentando à polícia evidências de sua inocência, foi presa após ser associada equivocadamente a uma tentativa de sequestro de uma criança na praça da cidade.

Entenda o caso

Maísa, a mãe e a irmã mais nova se mudaram para a Espanha há 6 anos em busca de uma vida melhor.

Em entrevista à TV Anhanguera, a goiana explicou que, no dia 6 de outubro, uma mulher estava com o neto em uma praça de Oviedo.

Em dado momento, ela se afastou da criança e, quando retornou, viu uma jovem ruiva conversando com o garoto.

A avó teria entendido que a mulher estaria sequestrando o neto, o que fez com que ela impedisse o ato e denunciasse a polícia.

Os policiais logo realizaram buscas na região por mulheres com a característica da suspeita, o que os levaram até a casa de Maísa.

Prisão da jovem

Jovem ficou detida por 4 dias e privada de direitos básicos | Foto: Reprodução/Tv Anhaguera

Embora tenha mostrado vídeos gravados em casa, comprovando sua inocência, a goiana foi levada à delegacia, onde a avó da criança e outras testemunhas a identificaram erroneamente como a suspeita.

Apesar de ter apresentado um vídeo que corroborava sua versão, Maísa foi detida por 3 dias na delegacia e mais 1 no presídio.

Liberdade da Maísa

Sua liberação ocorreu somente após uma jovem ruiva, a verdadeira envolvida na discussão com a avó, se pronunciar à polícia confirmando a confusão.

O celular de Maísa, contendo o vídeo em questão, permanece apreendido. A brasileira, traumatizada pela experiência, perdeu o emprego e pretende processar o estado.

A jovem afirma que, durante os quatro dias em que ficou presa, chorava constantemente, sentia fome, sede e era privada até de ir ao banheiro.

“Eu não tinha nem comido nada. Pedia água e elas não davam, não queriam nem deixar eu ir ao banheiro. Uma coisa fora do normal”, comenta a jovem.

O Itamaraty acompanha o caso, mas não forneceu detalhes sobre a assistência a cidadãos brasileiros.