Eurípedes Júnior vai acionar a PF após extratos bancários do Pros serem vazados

Todo o dinheiro depositado na conta do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) foi transferido em 48h entre os dias 9 e 10 de agosto.

Um extrato de movimentação bancária enviado ao Blog pelo grupo do ex-presidente da legenda, Marcus Holanda, mostra 4 transferências eletrônicas de R$ 480 mil, R$ 750 mil, R$ 1 milhão e R$ 1,2 milhão durante o período.

Extratos vazados do Pros | Foto: Reprodução

As transações foram realizadas durante a gestão do presidente Eurípedes Júnior, restituído ao comando do partido após decisão judicial.

Segundo a assessoria de Marcus Holanda, o caso deverá ser levado à Justiça.

Marcus Holanda | Foto: Reprodução

Procurada pela Folha Z, a defesa de Eurípedes, a cargo do advogado goiano Bruno Pena, afirmou que os repasses foram feitos para a Fundação da Ordem Social, instituto de pesquisa e educação política criada pela legenda.

“Desde o dia que Marcus Vinicius assumiu a presidência nacional do PROS, no dia 08.03.2022, nunca mais houve qualquer repasse financeiro para a fundação, acumulando débito de R$1.617.437,00, que inclusive está ajuizado na 4ª Vara Cível de Brasília”, afirmou Pena.

Segundo o advogado, a Ouvidoria da Caixa Econômica Federal e a Polícia Federal serão acionadas para apurar o vazamento dos extratos, que são protegidos pelo sigilo fiscal.

Advogado Bruno Pena | Foto: Reprodução

Embróglio judicial no Pros

Por maioria de votos (4 a 3), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em sessão extraordinária do plenário virtual realizada 4ª feira (10), confirmou a decisão liminar (provisória) concedida no dia 05/08 pelo ministro Ricardo Lewandowski que determinou o retorno de Eurípedes Júnior à presidência do Pros.

Eurípedes ajuizou reclamação no TSE para anular acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) que declarou Marcus Vinícius Chaves de Holanda presidente da agremiação.

Na ação, Eurípedes sustentou que a falta de reconhecimento dele como presidente do partido tem impactos diretos no processo eleitoral, podendo resultar em consequências irreversíveis, como a anulação de convenções e o indeferimento das candidaturas e coligações da agremiação para as Eleições de 2022.