Agentes podem ter ajudado autor de mais de 100 estupros a fugir em Aparecida

Todas as forças de Segurança Pública de Goiás seguem procurando o maior estuprador da história do Estado, que está foragido desde que conseguiu fugir do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia na última 6ª feira (17).

Nesta 2ª (20), a polícia divulgou números de disque-denúncia para receber qualquer informação que ajude a localizar Wanderson Alves Carvalho, conhecido como “Dentinho”.

As denúncias anônimas podem ser feitas para os números (62) 3201-1212, 190 ou 197.

Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), buscas são feitas nas imediações do complexo prisional e bairros vizinhos, além de cidades próximas e antigos endereços com os quais o criminoso teria ligações.

Instalações da Colônia Agroindustrial do regime semiaberto do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Fuga

Um processo de investigação interno também foi aberto pela DGAP para apurar as causas e circunstâncias da fuga.

Até o momento as informações apontam que o criminoso havia sido escoltado da POG até a base do Grupo de Guaritas e Muralhas (GGM), que fica nas dependências da Gerência de Segurança, para fazer a limpeza do local.

Foi só no início da noite de domingo (17), porém, que agentes do GGM notaram que ele não havia voltado para o presídio.

Curiosamente, o Grupo de Guarita e Muralha foi criado em 2020 com o objetivo de intensificar a segurança externa das unidades prisionais localizadas no complexo e no perímetro de segurança que cerca todo o local.

Agora, a investigação trabalha com a possibilidade de que Wanderson tenha obtido ajuda de outros detentos ou até mesmo de servidores da unidade prisional.

Ficha corrida

Preso desde 2004, Dentinho já foi condenado a 196 anos de reclusão.

O período em que mais cometeu crimes foi entre 2001 e 2004, na região metropolitana de Goiânia.

Seu modus operandi era quase sempre o mesmo: saía de bicicleta, boné e bermuda abordando jovens universitárias.

Após pedir informações à vítima, ele a surpreendia com uma arma e a levava para um lote vazio, onde cometia estupro e roubo.

Pouco tempo depois de ser preso pela 1ª vez, Wanderson chegou a ficar foragido durante quase 1 mês.