Homens jovens em motos são principais vítimas de trânsito em Aparecida

A maioria absoluta das vítimas de acidentes de trânsito em Aparecida de Goiânia são motociclistas jovens do sexo masculino.

Os dados são resultado de uma pesquisa realizada em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da cidade.

O resultado foi apresentado durante o 6° Fórum Goiano de Mobilidade Urbana e Trânsito e do 6° Seminário de Saúde Pública e Trânsito, realizado neste mês na capital.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Luzia dos Santos Oliveira, a ideia foi criar um padrão de notificação que ajudasse a traçar o perfil das vítimas atendidas nas UPAs do município.

Os dados analisam idade, sexo, perfil da vítima (condutor, passageiro, pedestre, ciclista), tipo de veículo (carro, motocicleta, caminhão, ônibus, bicicleta) e também o bairro e o endereço do acidente.

O mapeamento e o cruzamento das informações será usado para a formulação de políticas públicas que promovam a diminuição do número de vítimas.

Números

O projeto teve início em junho de 2018, inicialmente implantado apenas na UPA Flamboyant.

Depois, em julho de 2019, foi estendido às unidades Brasicon e Buriti Sereno.

Segundo os dados, foram registrados 632 casos envolvendo vítimas de acidentes de trânsito até julho deste.

Perfil

Desse total, 36% estava classificado na faixa etária entre 20 e 29 anos, 65% eram do sexo masculino, 82% deles eram condutores e 11% passageiros, em 82% dos casos o veículo utilizado foi motocicleta e 9% automóvel.

UPA

Na distribuição por unidade, a UPA Brasicon notificou 209 casos (41%), a UPA Buriti Sereno, 244 (48%), e a UPA Flamboyant, 53 notificações (10%).

Bairros

Os bairros com maior frequência foram Setor Santa Luzia (31), Setor Serra Dourada (12), Jardim Bela Vista (11) e os bairros da região do Garavelo (10).

Vias

Já as vias com maior frequência foram (12), Rodovia BR-153 (11), Avenida Bela Vista (7), Avenida São Paulo (6) e Anel Viário (5).

Avenida Independência agora tem Zona 50 km, em Aparecida | Foto: Divulgação

Comitê

Para a técnica Daiane Caparroz, o monitoramento das vítimas permite “subsidiar ações e planejamento para intensificação do trabalho intersetorial nesses locais”.

E foi justamente para tratar dessas questões que foi criado, em julho deste ano, o Comitê Intersetorial de Gestão de Dados de Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito de Aparecida.

A iniciativa é da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e o objetivo inicial é reunir os principais dados de acidentes de trânsito na cidade e por meio de ações de vigilância tanto de óbitos quanto de acidentes.

Com isso, o poder público pretende identificar os fatores de risco e os principais pontos de ocorrência de acidentes para implantar ações prioritárias de redução de acidentalidade e da mortalidade no município.

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