Deputado Tiririca (PR-SP) | Foto: Nilson Bastian/ Câmara dos Deputados
Deputado Tiririca (PR-SP) | Foto: Nilson Bastian/ Câmara dos Deputados

“Pior do que tá, pode ficar muito mais.” Será que Tiririca estava errado?

Neriton DiasSem categoria15, dezembro, 2016

Jogo Limpo com Rodrigo Czepak

Praça dos Três Poderes, em Brasília | Foto: Reprodução

Praça dos Três Poderes, em Brasília | Foto: Reprodução

Respeito e harmonia já não existem em Brasília

Vendo no que se transformou a relação entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, a torcida é para que o ano de 2016 termine logo. Nem mais as aparências são respeitadas. Todos se julgam no direito de criticar o quintal alheio quando nem mesmo a lição de casa é bem feita. A Presidência da República, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal mais parecem territórios sem lei, ou melhor, áreas de livre permissão para escandalizar a opinião pública com decisões abruptas e estapafúrdias.

Corrida para o precipício

Poucas são as vozes equilibradas a pedir prudência e moderação nas atitudes. Ironicamente, o falastrão ministro Gilmar Mendes utilizou palavras corretas ao criticar decisões do STF, expressões que também poderiam ser aplicadas ao Executivo e ao Congresso: “momentos esquisitos, situações estranhas, surtos decisórios e não sei se é água o que estamos tomando”. A impressão que se tem é que os três poderes decidiram apostar uma corrida sem curvas em direção ao precipício, carregando o cidadão brasileiro na garupa.

Deputado Tiririca (PR-SP) | Foto: Nilson Bastian/ Câmara dos Deputados

Deputado Tiririca (PR-SP) | Foto: Nilson Bastian/ Câmara dos Deputados

Luta pela sobrevivência

Os presidentes da República, da Câmara, do Senado e do STF já não conseguem estabelecer a mínima convivência e harmonia com delações de empresários e perspectivas de prisões em seus calcanhares. O clima é de vingança, retaliação, enfim, guerra explícita nos microfones e nos bastidores.  Surto é o melhor adjetivo utilizado por Gilmar Mendes, o mais “ajeitado” dos ministros, para definir o estado de humor na Praça dos Três Poderes. “Nada mais nos surpreende no atual estágio em que se encontra o ritual do poder em Brasília. O respeito deixou de existir. Cada grupo luta pela sobrevivência com armas em punho”, admite um experiente comentarista político com mais de 30 anos de atuação no Congresso Nacional.

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Se o clima de enfrentamento não diminuir, a célebre frase do deputado federal Francisco Everardo (PR/SP), o Tiririca, vai merecer uma correção: “Pior do que tá, pode ficar muito mais”.

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