Justiça Eleitoral torna Pablo Marçal inelegível por 8 anos por abuso de poder

O influenciador digital, empresário e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, foi condenado a 8 anos de inelegibilidade por abuso de poder político e econômico, uso indevido de meios de comunicação e captação ilícita de recursos.

A decisão, da primeira instância da Justiça Eleitoral de São Paulo, foi publicada nesta sexta-feira (21).

Marçal ainda pode recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Irregularidades de Pablo Marçal

Segundo o juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, o influenciador teve participação ativa nas irregularidades.

“Não há dúvidas de sua decisiva atuação em razão do engajamento direto e pessoal por condutas ilícitas praticadas em benefício de sua candidatura”, afirmou na sentença.

A investigação apontou que Marçal oferecia apoio político em redes sociais a candidatos a vereador que não fossem de partidos de esquerda.

Em troca, cobrava R$ 5 mil, valor que deveria ser doado para sua campanha.

O juiz destacou que os réus não contestaram a acusação e que a prática configura abuso de poder e fraude à legislação eleitoral.

A ação foi movida por Guilherme Boulos, ex-candidato à Prefeitura de São Paulo pela Coligação Amor por São Paulo.

Resposta de Marçal

A equipe de Marçal ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão.

Em nota, o influenciador afirmou que está tranquilo e negou ter vendido vídeos de apoio político.

“Gravei milhares de vídeos para candidatos a prefeito e vereador em todo o país e estou em paz por não ter feito nenhum vídeo em troca de dinheiro, como foi demonstrado na prestação de contas à Justiça Eleitoral.

Confio na Justiça e tenho certeza de que tudo será esclarecido no recurso”, declarou.

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