Vereadores de Goiânia questionam secretários sobre empréstimo de R$ 710 mi

Os secretários de Infraestrutura, Denes Pereira, e de Finanças, Vinícius Alves, foram à Câmara Municipal de Goiânia para detalhar o projeto de lei que que autoriza um empréstimo de R$ 710 milhões junto à Caixa Econômica ou ao Banco do Brasil.

Os 2 participaram de uma sessão extraordinária, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde o texto tramita sob a relatoria do vereador Thialu Guiotti (Avante).

Na ocasião, os secretários detalharam o projeto, que prevê investimento em 52 obras nas áreas de infraestrutura, mobilidade, saúde e educação.

Segundo a apresentação, os recursos serão utilizados da seguinte maneira:

• R$ 640 milhões: 24 de infraestrutura, modernidade e mobilidade;
• R$ 49,5 milhões: criação e manutenção de unidades de saúde;
• R$ 20 milhões: construção de escolas, CMEIs, quadras esportivas e ginásios.

Durante a reunião, o secretário Vinícius afirmou que a prefeitura terá até 10 anos para amortizar o crédito.

Os gestores também responderam aos questionamentos dos vereadores que participaram da reunião.

Redução no empréstimo

Com previsão inicial de R$ 1 bilhão e redução de R$ 290 milhões, o relator do empréstimo, Thialu Guiotti, pediu a explicação dos secretários sobre o valor real do empréstimo que a prefeitura precisa, os prazos estipulados e a licitação das obras.

O parlamentar, inclusive, questionou se as obras estavam previstas no Goiânia Adiante e se já tinham recursos previstos em suas respectivas licitações.

“São perguntas que podem levar informação à sociedade, porque a população quer saber o motivo pelo qual a prefeitura quer um novo empréstimo”, justificou Guiotti.

Em resposta, o secretário de Finanças afirmou que os R$ 710 milhões são o “teto”.

“Dos R$ 710, já temos obras praticamente prontas, ou já em execução ou em fase de análise”, disse.

O motivo da solicitação, segundo ele, foi o aumento de 22% em gastos com folha na Prefeitura, diante de um aumento de apenas 5% na arrecadação.

Sessão extraordinária | Foto: Câmara Municipal

Março

Durante a sessão, Denes fixou um prazo para a realização das obras: final de 2024.

O prazo da avaliação na CCJ, segundo o presidente, Henrique Alves (MDB), deve ser apresentado na Comissão até o final deste ano.

O emedebista, contudo, deixou a avaliação nas mãos do relator, Thialu Guiotti.

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