IPTU: Vereadores da oposição afirmam que o prefeito Paulo Garcia quer aumentar a arrecadação de qualquer maneira
Foto: divulgação
Por Ronaldo Coelho – Diante da repercussão extremamente negativa do aumento do ITU e do IPTU de Goiânia, de 57,8% em 2015 e de 29,7% em 2016, o prefeito Paulo Garcia (PT) tentou justificar a medida durante entrevista coletiva ontem à tarde.
Ele afirmou que deve implantar, ainda esta semana, um projeto intitulado IPTU Carimbado, em que vai dar transparência para os gastos do município com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Territorial Urbano (ITU). O projeto vai promover uma lista de investimentos em Goiânia que serão feitos com o dinheiro arrecadado com o imposto a partir de 2015. “O contribuinte vai pagar o imposto e saberá a obra em que o dinheiro será investido”, informou o prefeito.
Discussão entre prefeitura e vereadores
O aumento do IPTU e do ITU tem sido objeto de discussão entre prefeitura e vereadores, tanto da base de Paulo quanto da oposição e do bloco moderado. Em princípio, o Paço Municipal queria implementar a cobrança do IPTU progressivo e chegou a aprovar projeto na Câmara Municipal em setembro. Neste mês, retrocedeu no projeto e pretende, agora, apenas atualizar a Planta de Valores Imobiliários em 57,8% para 2015 e 29,7% para 2016.
O aumento proposto pela prefeitura atinge todos os moradores da Capital e não prioriza a justiça fiscal, clamada pelos vereadores de oposição. Ao longo de todo o ano, Paulo Garcia vem convivendo com a crise do IPTU e mesmo diante de inúmeros desgastes não se mostra disposto a recuar e anuncia a criação do IPTU Carimbado tentando justificar o aumento do imposto.
Aumentar a arrecadação de qualquer maneira
Os vereadores da oposição afirmam que a prefeitura quer aumentar a arrecadação de qualquer maneira para amenizar o rombo financeiro que assola o Paço Municipal há cerca de dois anos. O ex-secretário de Finanças Cairo Peixoto revelou que o rombo é de R$ 400 milhões. Muitos acreditam que o déficit é herança da administração de Iris Rezende (PMDB).
