O mais complicado de tudo é adestrar o dono do cachorro

Dentro de casa, um animal de estimação pode acabar se tornando a melhor companhia possível. Mas, para garantir essa boa convivência, adestrar seu cachorro é a melhor alternativa em algumas situações.

Isso é o que pensa o adestrador Alexandre Silva.

“Cada raça tem uma identidade própria, com as quais temos que saber lidar, mas o trabalho de adestramento é mesmo para estabilizar o animal”, explica.

Para iniciar o adestramento de base, feito em domicílio, é necessário que o cão tenha uma idade mínima e já tenha acompanhamento de vacinas.

Comandos para o cachorro

O adestramento de base praticado por Alexandre é baseado em reforços positivos, valorizando as atitudes corretas -e não as erradas- e consiste nos seguintes comandos: não, junto, senta, deita e fica.

@pastoraika na sua 9° aula de obediência Pastor holandês um fenómeno de cadela de trabalho

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O treinamento do animal consiste no trabalho de recompensa, no qual o treinador ensina os comandos e, em troca, dá carinho e autoconfiança ao cão.

Segundo Alexandre Silva, é importante que o adestrador entenda a mente do animal que vai treinar.

“Uso a psicologia canina como método de trabalho. Procuro compreender o animal, visando o bem-estar do cão. Com 1 mês de trabalho o resultado já é visível”, ressalta o professor canino.

Natação faz parte do processo de treinamento e socialização do cão | Foto: Arquivo Pessoal

Dono de cão também tem culpa

“Mais do que ensinar o cão a andar junto, sentar, deitar e ficar o adestrador tem o dever de restabelecer a harmonia e a convivência na casa. Além disso, é essencial ensinar ao dono do animal para que ele saiba exercer autoridade e domínio, sem a necessidade de agressão, fazendo assim com que o animal se submeta e por consequência obedeça”, garante Alexandre.

“O mais trabalhoso e complicado neste processo é ‘adestrar’ o dono do cão, pois este muitas vezes não consegue compreender que ele é o principal responsável pelo comportamento indesejado do animal”, explica.

Alexandre orienta ainda que, antes de adquirir um cachorro, é importante conhecer mais sobre as particularidades do animal que tem em vista.

“A maioria olha muito o lado estético. E não é só isso que deve ser levado em conta na hora de escolher um cachorro. Já vi beagle e sharpei dentro de apartamentos e são cães que precisam de mais espaço. É um erro”, explica.

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