O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) realizou hoje (8) cerimônia coletiva de casamento civil homoafetivo. Participaram da solenidade 130 casais

Casamento coletivo reúne 130 casais homoafetivos no Rio de Janeiro

guilhermeNotícias08, dezembro, 2013

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro celebrou em 8 de dezembro “o maior casamento mundial coletivo de casais homossexuais”, no auditório da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), segundo a organização do evento. A cerimônia contou com 130 casais homoafetivos.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) realizou hoje (8) cerimônia coletiva de casamento civil homoafetivo. Participaram da solenidade 130 casais

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) realizou hoje (8) cerimônia coletiva de casamento civil homoafetivo. Participaram da solenidade 130 casais

“O sentimento é o de que toda a luta valeu a pena. É uma alegria muito grande porque a história é de muita perseguição e muito preconceito, com assassinatos de homossexuais e discriminação de todo tipo. E hoje ver essa cerimônia sendo realizada com esse tamanho mostra que muito se avançou. Ainda há muito a fazer contra o preconceito, mas estamos em um caminho de avanço”, comemorou o coordenador do Programa Estadual Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento.

Capilaridade social muito grande
Segundo o coordenador do programa, 68% dos casais eram lésbicas, 31% de gays e uma transexual com o companheiro. Os noivos vieram de 14 cidades do estado, sendo a maior parte da capital. Entre esses, 86% das zonas norte e oeste. “Isso mostra que é um projeto que tem uma capilaridade social muito grande”, disse Claudio Nascimento. Mais da metade dos casais (66%) tinha renda de um a dois salários mínimos.

“Hoje, o Estado brasileiro não faz nenhuma diferenciação entre os casais heterossexuais e homossexuais. Em primeiro lugar, há a importância simbólica que é retirar esse lugar da diferenciação em que uns só têm direito à união estável. Em segundo lugar, o casamento dá o direito à mudança no nome, à garantia ao direito na partilha de bens e direitos sucessórios de forma mais consistente, entre outras coisas”.

Justiça moderna

A desembargadora Cristina Gaulia, que conduziu a saudação aos noivos, exaltou que a celebração mostra que a Justiça no Rio se modernizou. “Há poucos anos, alguns juízes nem recebiam esses casais e encaminhavam o pedido para a Vara Cível, onde era assinado um contrato de sociedade civil. Nem para a Vara de Família eram encaminhados”.

José Barbosa Galvão, de 53 anos, que vive há 22 anos com a transexual Vanessa Alves, de 49 anos, comemorou a união e afirmou que participou da cerimônia para realizar um sonho da cônjuge. “Eu já tinha sido casado, mas ela tinha esse sonho e realizamos hoje. Já tínhamos união estável e agora conquistamos mais esse passo”.

O casal Marcos da Costa e Josué dos Santos, que está junto há 12 anos, foi à cerimônia buscando o reconhecimento do Estado e os direitos que o casamento proporciona, como a facilidade de ter conta conjunta, ser dependente em plano de saúde e ter direito à herança sem a necessidade de um testamento. Para eles, o preconceito está diminuindo. “O casamento e a família são instituições importantes na vida da gente. Nunca nos separamos e criamos meu filho biológico juntos. Hoje, nosso neto está aqui”.

LésbicasNilzete Ferreira, de 49 anos, confessou estar nervosa antes da cerimônia, mas feliz. “Muita coisa muda para minha esposa e minha filha a partir de amanhã. Será mais fácil ter plano de saúde e conta conjunta. Estamos muito felizes”. (Agência Brasil)

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