Pesquisadores da UFG preveem até 600 mortes por covid-19 até o final de julho em Aparecida de Goiânia.
A informação foi repassada durante conferência on-line promovida pela Prefeitura de Aparecida na tarde desta 3ª feira (16) e assistida por mais de 500 pessoas.
De acordo com previsões de modelos estatísticos apresentados pela infectologista Cristiana Toscano e pelo biólogo Thiago Rangel, a situação do município tende a ficar “delicada” no próximo mês.
Mantendo o isolamento social na cidade por volta dos atuais 35%, o modelo prevê que a demanda será de 800 leitos de internação por dia, 350 deles de UTI.
Atualmente, Aparecida conta com 133 leitos de semi-UTI e UTI na rede pública de saúde.
Os pesquisadores também se posicionaram contrariamente à flexibilização do comércio promovida na cidade durante a fase crescente de contaminações.
Veja nos gráficos:
Sírio-Libanês
Diretor geral do Hospital Sírio-Libanês (HSL), o médico Paulo Chapchap | Foto: Folha Z
Diretor-geral do Hospital Sírio-Libanês (SP), o médico Paulo Chapchap classificou como “extraordinários” os resultados do combate à pandemia da covid-19 em Aparecida de Goiânia.
Porém, ele apontou que o agravamento da situação previsto pelos pesquisadores é provável, devido ao baixo isolamento social e à alta taxa de contaminação.
“Precisamos prestar atenção nas curvas de transmissão e conter a contaminação, com isolamento e uso de máscara”, afirmou.
Prefeitura
Secretario de Saúde de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães | Foto: Reprodução
O secretário de Saúde Alessandro Magalhães, por sua vez, questionou que os dados de tempo de internação e outras informações usadas no modelo são baseados nos casos de Goiânia.
Para os pesquisadores, porém, o cenário das 2 cidades é semelhante, o que não alteraria o resultado final.
Alessandro Magalhães ainda apresentou os números mais atuais da doença na cidade:
Por fim, o prefeito Gustavo Mendanha ainda convocou o seu secretário de Saúde para se reunir com os pesquisadores da UFG e debater em maior detalhes as informações apresentadas.
“Sou defensor da ciência. Mas também convivo com as demandas da nossa economia, por isso defendo a nossa flexibilização”, afirmou.
Gustavo Mendanha | Foto: Rodrigo Estrela
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