10 dias antes da vinda de Dilma a Goiânia, Marconi sugere pesadas críticas a ela. Foi só a presidente pisar em solo goiano, o governador muda o discurso

guilhermeNotícias27, março, 2015697 Views

Presidente Dilma Rousseff / Foto: Divulgação

Presidente Dilma Rousseff / Foto: Divulgação

A presidente veio a Goiânia no dia 19/03/2015 para anunciar o BRT, juntamente com o prefeito do PT, Paulo Garcia. No evento, esteve presente o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB. O ambiente era controlado. Haviam simpatizantes da presidente, do prefeito e do governador.

Pouca gente fazia protesto do lado de fora, um forte sistema de segurança e isolamento havia sido montado, o que é muito comum em eventos em que um chefe de estado está presente. Tomaram-se umas panelas, nada além disso. Não poderia ser diferente, afinal, menos de uma semana atrás, houve protestos em grande parte do Brasil.

O único momento realmente fora do roteiro foram as vaias ao governador Marconi Perillo (o que já não é muita novidade, somente no ano passado foram três grandes manifestações deste tipo). As vaias, visivelmente, irritaram o governador.

Carta na manga

Como carta na manga o governador saiu em defesa da presidente como se as vaias fossem dirigidas à ela. A presidente havia sido hostilizada dias atrás em todo país. Um governador do PSDB, em público, defendendo a presidente, que é do PT.

Pode parecer a velha máxima: ”Governo não faz oposição a governo” – entretanto, temos as entrelinhas. Com déficit de R$ 1,5 bilhões nas contas estaduais, nada melhor que sair em defesa de um possível bom credor.

O discurso de intolerância serviu para que o governador defendesse a presidente e se defendesse com certa irritação, mesmo que usando o nome da presidente. Isso causou uma imediata crise de identidade entre petistas e tucanos em Goiás.

Marconi criou o nivelamento de discursos

O governador foi experto, criou o que dizemos em política: “o nivelamento de discursos”. Chamou os presentes para planície. Se fosse o contrário, talvez a presidente usasse o mesmo recurso.

Lá fora, em Minas, Rio e São Paulo a atitude de Perillo gerou certo descontentamento da cúpula do PSDB, sendo que, 10 dias antes, em evento do PSDB, Marconi sugeria pesadas críticas ao governo Dilma. Isso, provavelmente, afasta o goiano da linha de sucessão para 2018 na oposição ao PT, dentro do PSDB.

Marconi já têm estreito contato com Kassab. Pode ser um plano B. O PR é um opção. Seria uma brecha para disputar um mandato nacional. Com a anuência de Dilma, e o PT, Marconi poderia rachar a oposição ao governo petista.

A ordem é sobreviver as manifestações e descontentamento do povo. Marconi ainda têm questões mal resolvidas no STF. A presidente pode ajudar.

E 2018 vai ficando interessante. Tanto jogo de cena pode fazer as coisas ficarem, no mínimo, diferentes e intrigantes.

gercyley batista

Por Gercyley Batista

Vice-presidente Regional PRP – Goiás

 

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